segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Andei.
Por onde? Não sei.
A vida foi preenchida e ainda assim a notei vazia, tudo era ilusão, cegueira do coração.
Andei.

E foi cansativo, mas não desanimei, segui em frente, voltei e não é difícil caminhar na mesma estrada, porque o tempo, a natureza, as circunstâncias, tudo pode modificar ou ter modificado a estrada, mas a experiência faz com que a caminhada já não seja tão cansativa.
A vida não é uma ilusão, mas na vida é necessário que tenhamos ilusões, para que nos façamos mais fortes, as pedras que encontramos ao longo de nossas caminhadas, servem para nos ensinar a desviá-las, as muralhas, as barreiras, nos ensinam a ultrapassá-las.
Não. Não é triste voltar aos caminhos já percorridos, é até interessante, porque percebemos coisas que não havíamos percebido na primeira caminhada.
Os caminhos estão lá, e mesmo que caminhemos no mesmo caminho, a trajetória nem sempre é e nem sempre será a mesma, porque tudo muda, o tempo é responsável pelas as modificações, até mesmo do próprio tempo.
E é certo que há sempre um tempo em que encontraremos flores nos mesmos caminhos em que só encontrávamos pedras.
Marília Trindade

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