Ligamos a TV e apenas nos indignamos com tanta tragédia, tanta corrupção, muitas vezes choramos as dores de vítimas de catástrofes causadas pela natureza, nos chocamos com crimes contra crianças, lamentamos as vítimas de bala perdida, e logo depois das notícias já esquecemos e a apenas colocamos na página da nossa mente como casos normais dos dias de hoje, sim são casos dessa atualidade moderna, contemporânea, mas não, não são normais.
Os governantes sugam cada vez mais o assalariado, é a inflação, é a seca que castiga o nordeste, e eles pouquíssimo agem a respeito, são as tarifas dos transportes públicos abusivas (transportes esses que não dão nenhum conforto aos usuário), a saúde, a educação e a segurança pública cada vez mais esquecida pelos governantes, que prometem tanto e nem 'santo' acredita, é claro. E que tudo isso é vergonhoso, todos nós sabemos, mas a maioria 'engole' calado.
Muitos de nós, saímos às ruas e imploramos por justiça, já até pintamos a cara (os caras-pintadas) e como diz a canção, "o tempo não para". As situações pouco mudaram e nossas caras parecem ainda estarem pintadas, não pelo movimento ocorrido em 1992, mas por servimos de palhaços nas mãos dos governantes políticos, a grande massa de corrupção que predomina nesse país,e até acredito que somos motivos de risadas quando eles estão enchendo suas 'cuecas', com o dinheiro público, e isso é pura cara de pau mesmo, porque vergonha eles nunca tiveram.
Queremos mudar o mundo, temos a vontade de transformá-lo e não deixá-los nas mãos destes, que não estão se importando com o povo, que seus olhos estão mais voltados para o próprio umbigo e o aumento de algarismos nas suas contas bancárias (fonte do dinheiro público). Essa vontade é mais concreta do que podemos imaginar, nossa força é mais potente do que pensamos, mas falta um temperinho fundamental: ATITUDE.
O diário deste país está aberto, mas a sociedade fecha os olhos para não ver.
Lastimar apenas não muda a situação, é preciso mais que uma voz é necessário um coro em tom agudo lutando por mudanças e exigindo respeito.
E como diz a canção de Geraldo Vandré, Pra não dizer que não falei das flores,
"Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer"
Marília R. Trindade
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